sábado, 13 de junho de 2009

OS DOGMAS, JESUS E O AMOR


As regras, dogmas, preceitos, mandamentos, leis seja lá qual for a terminologia que você prefira foram inicialmente estabelecidas com a tentativa de aproximar o homem a Deus, isso provocou uma profunda cisão no comportamento do homem com relação ao seu semelhante como também ao próprio Deus.

Estar ou não debaixo desses dogmas determinava a forma de comportamento dos homens, isso fez estabelecer uma doentia forma de analisar as ações de Deus, a partir da ai o curso normal das coisas deixou de ser visto dessa forma e começou-se a atribuir a um pseudo relacionamento com Deus os reveses da vida, ou seja, se as coisas iam bem era um claro sinal de que Deus fazia parte disso e o oposto também era verdadeiro, basta estudarmos a história de Jó.

Fato esse que acabou por atribuir a instituição religiosa um poder muito superior ao seu propósito original que sempre foi o de apenas congregar pessoas da mesma fé em torno de um único ideal, ou seja, proclamar os feitos de Cristo e adorá-lo. Com o crescer do movimento vimos também crescer o poder dos homens sobre a fé contemplativa dos fiéis. Desde então o mundo tem assistido aos reveses dessa história ao longo de séculos de mandos e desmandos tanto na igreja católica como evangélicas, enquanto os católicos se preocupam com o avanço dos evangélicos e os evangélicos em desbancar a liderança católica o número de descrentes, ateus e os ligados aos rituais afros e crenças orientais vem crescendo a cada ano.

Com isso o estabelecimento do reino de Deus é coisa do passado e os crentes cada vez mais se vêem envolvidos por uma “esfera gospel” que nada mais é que diversão ao sabor do mundo, afinal como já foi dito: O povo quer pão e circo e tanto faz se estão na igreja ou não.

Tudo isso deveria ter mudado a partir de CRISTO, pois aquilo que separava o homem de Deus “A RELIGIÃO” foi desmascarada e seu poder revogado, o único poder que ficou foi o da CRUZ que ofereceu LIBERDADE definitiva ao homem pelo sacrifício vicário de JESUS, ora com efeito essa liberdade perdura, porém é oferecida com forma no velho modelo de julgo a partir do cumprimento de leis e regras mantidas pelo homem limitando a alforria até então geral e irrestrita ofertado por JESUS, não há mais o lugar santo, não há mais o lugar da adoração, não há mais as palavras certas, as rezas, os credos, as homilias, nada disso faz mais sentido após a exposição do verdadeiro sentido do REINO DE DEUS que nos foi apresentado por JESUS.

Aqui não vemos uma religião, não vemos um movimento, não vemos uma filosofia, o que se vê é o resgate da verdadeira identidade do homem, uma volta aos princípios da criação, afinal o homem foi criado para louvor da glória do PAI, do DEUS TODO PODEROSO, e isso envolve não apenas o viver santo entre paredes ou de aparência frente aos iguais, não, é mais profunda essa mudança promovida pelo evangelho, ela muda o alicerce, tira o foco de si mesmo e coloca-o na outra pessoa, o foco é o AMOR, amar ao próximo como a si mesmo, amar o inimigo, dar a vida pelo outro, conviver com os diferentes, não se corromper, vencer.

AMAR é um esvaziar de si mesmo em contrapartida do outro, mas como isso é difícil não é verdade?

Porém, ao nos entregarmos a essa dificuldade nos tornamos em opositores exatamente do que dizemos crer e passamos a agir contra nossa própria pregação. Nossa maior missão é estabelecer não a religião, nossa maior missão é amar como Cristo amou, é mais do que falar desse amor é vivê-lo principalmente fora do nosso meio, é ser luz onde só a trevas é ser tempero onde não há mais sabor.

Sola gratia

Reinaldo

Um comentário:

Marcelo Marques Domingos disse...

Realmente meu amigo, os verdadeiros valores de nossa religião, estão cada vez mais sendo dissipados nesta briga, onde o vencedor é apenas o inimigo de Deus. Se concentrassem todas essas disputas no foco principal que você frizou bem no final, no verdadeiro AMOR que CRISTO falava várias vezes e deixou como mandamento, sublime, único e imparcial, com certeza teríamos um futuro mais promissor.