segunda-feira, 15 de junho de 2009

JESUS NÃO TINHA RELIGIÃO



Quando penso no Mestre da Galiléia não consigo associá-lo a nenhuma religião. Sim, não consigo vê-lo integralmente em nenhuma das principais religiões do mundo, sobretudo as que se representam dentro do contexto monoteísta. Ao procurá-lo no Judaísmo, não consigo enxergá-lo plenamente, pois, apesar de seus profetas terem anunciado o Messias por muitos séculos, vejo que, ainda nos dias de hoje, Israel se orgulha de seu monoteísmo frio e sem vida que o leva a cometer barbaridades em nome do deus do antigo testamento, sendo que agora, os “amalequitas” que precisam ser exterminados são os palestinos e a “espada de Saul” se modernizou, transformando-se em armas altamente sofisticadas.
Ao procurar Jesus no Islamismo, também fica difícil encontrá-lo lá, pois os muçulmanos matam em nome de um deus desfigurado que eles afirmam ser o mesmo do antigo testamento, e rogam para que fogo caia do céus e consuma os samaritanoamericanos, transformando o Oriente Médio nesse inferno que hoje se vê.
Me volto agora para o maior representante de Jesus na história dos homens: O Cristianismo! O Cristianismo até que começou muito bem, pelo menos no início da era cristã, quando os valores do Reino não estavam associados aos poderes do capital. 
Quando se entendia a liberdade de ser de cada indivíduo e não se associava a salvação da alma a qualquer vínculo sacerdotal que pudesse exercer influência escravizante sobre a mente humana, subjugando-a aos templos ou confrarias que se julgavam portadoras de toda a verdade eterna. Sim, quando o amor, e somente o amor que respeita o próximo nas suas diferenças, sem julgá-lo como perdido, ainda fazia parte da liturgia daqueles que se diziam cristãos. Hoje, procuro Jesus como um arqueólogo existencial, que não dá descanso à alma enquanto não achar o que busca. Sei que não estou longe, mas às vezes, tenho a sensação de que devo parar de procurar e me entregar a essa Verdade que é muito maior do que eu. Pois, se o Nazareno não estava de brincadeira em suas sábias palavras, então serei, quem sabe, achado por Ele!
Kevim Drumond Cronista

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