domingo, 16 de agosto de 2009

ÁRIDO


Levar o rosto próximo ao solo

É possibilitar ouvir o som da vida

Nos minutos de silêncio que se fizer

O ranger sufocado da terra se fará ouvir

Estalos que contam a secura interna

O som do pedido de socorro

Que grita sem que seja ouvido

Que exclama o anuncio da morte da vida

Uma gota é pouco

E só faz aumentar o som agora alucinante

De quem experimenta o gole de vida

Mas que é sugado instantaneamente

Sugado pelas rachaduras do tempo

Tempo que quando não cura

Só faz envelhecer e revelar a dor

A dor de esperar o som primaveril

O som das águas

Som que as estações escondem

Som que pode renovar e tudo fazer brotar

Não é diferente com nossa alma

Não é diferente com nosso corpo

Não é diferente com nosso espírito

E isso é muito mais do que um dito

Dicotomista ou tricotomista

Para longe essa teologia das confrarias

Eu quero a vida

A vida nos seus momento de aridez e fecundidade

Quero apenas VIVER.

Sola Gratia

Reinaldo

Um comentário:

Danilo disse...

Ola Reinaldo!

Visitando blogs para divulgar o nosso Genizah encontrei o seu espaço. Supresa boa. Ótimo material inédito e bons posts em geral. Parabéns.

Aproveitamos a oportunidade para convidá-lo a conhecer o Genizah, um blog que faz apologética com muito humor, oferece textos inéditos de grandes autores e dá bom combate na heresia e nos modismos que tanto mal andam fazendo à difusão do Evangelho puro!


Vejo você por lá e já estamos lhe seguindo.

Paz e Bem.

Danilo

http://www.genizahvirtual.com/