quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

QUINQUILHARIAS.


É incrível nossa capacidade de guardar coisas velhas, sempre sob a desculpa de que um dia ou uma hora vamos precisar, a gente acaba acumulando uma quantidade enorme de quinquilharias, badulaques, coisas que um dia foram úteis e que hoje só ocupam espaço.

Não sei quem acaba influenciando quem, só sei que na nossa vida emocional agimos da mesma forma, acabamos guardando certas emoções, certos momentos, certos sentimentos que um dia foram bons de ter vivido, de ter sentido, mas que atualmente não significam mais nada a não ser boas lembranças, desfazer dessas amarras não é desprezar o que se viveu, ou as pessoas envolvidas nesses sentimentos, mas é desocupar espaços para se viver coisas novas, muitas vezes estamos fechados em nossos sentimentos, medos, lembranças, que não nos abrimos para novos sentimentos, novas descobertas, quem sabe por medo de enfrentar tudo de novo, no entanto ainda não nos demos conta dos malefícios causados a nós e a outrem por causa de nossas prisões.

Todo novo começo, parte de um final, enquanto uma etapa não for finalizada não estamos prontos para um novo início e começar algo novo sem abandonar as quinquilharias que estão escondidas nos porões da alma e fadar ao fracasso nossas novas tentativas, alivie sua carga, entre agora mesmo nos armários em que você esconde essas coisas velhas e inúteis e jogue fora, jogue fora sem culpa, foi bom, mas passou, foi mal, da mesma forma ficou no passado, livre-se de tudo isso e fique leve para começar novamente a viver, viver como se fosse da primeira vez.

Todo início começa depois de um final.


Reinaldo

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