sexta-feira, 30 de abril de 2010

Igreja mais atuante e menos ministrante.

Verdades contidas no Sermão da Montanha
Gosto da praticidade e da simplicidade dos ensinamentos de Jesus. São claros, relevantes e aplicáveis. Jesus enfatizava a aplicação porque seu alvo era o de transformar as pessoas, e não somente informá-las sobre alguma coisa. Consideremos o Sermão do Monte, a maior pregação feita até hoje. Diria até que, se nos fosse tirado o direito de ler a Bíblia e nós ficássemos apenas com os ensinamentos do Sermão do Monte, teríamos condições de viver na íntegra o que o Cristianismo pede de nós.
Jesus enfatizou a necessidade de agir
Jesus começou a mensagem compartilhando oito segredos para a felicidade genuína. Depois, falou sobre um estilo de vida exemplar, controle do temperamento, restauração de relacionamentos, evitar adultério e o divórcio, manter promessas e praticar o bem quando se recebe o mal.
Depois disso, passou a assuntos de aplicações práticas da vida como: doar com a atitude correta, oração, acúmulo de tesouros no céu, superação das preocupações. Disse que não se devem julgar os outros; recomendou a persistência em pedir a Deus para a satisfação de necessidades e alertou contra os falsos mestres.
Jesus concluiu com uma história simples, que mostrava a importância de agir como Ele ensinou. É esse tipo de pregação que precisa fazer parte da vida da igreja nos dias atuais. A mensagem verdadeira não somente atrai multidões, mas tem também o poder de transformar vidas. Não é suficiente “proclamarmos que Cristo é a resposta”. É necessário mostrar “como Cristo é a resposta”!
Jesus falava sobre como ser cristão
Quando vamos ao médico, não queremos apenas ouvir o que está errado conosco. Desejamos que ele dê alguns passos específicos para a nossa cura. O que as pessoas precisam hoje é de menos sermões “deve ser” e mais sermões “como ser”. Jesus tinha uma forma de pregação: “seu estilo de vida”, o que hoje em dia é considerado por alguns pastores como sermão superficial, simplista, inferior e sem didática e doutrina.
Essa atitude dá a idéia de que Paulo era mais profundo que Jesus e que a carta aos Romanos é um material mais completo que o Sermão do Monte e as parábolas. Acabam se esquecendo de que Jesus disse “aprendei de mim...”.
A Bíblia não nos foi dada para aumentar o nosso conhecimento, mas para mudar as nossas vidas. Não temos que tornar a Bíblia relevante. Ela já é! O que devemos é mostrar a relevância da Palavra. Nossa meta é ter um caráter moldado à semelhança de Cristo. O cristianismo é vida e não somente uma doutrina.
Jesus era um pregador de aplicação de vida. Quando terminava o Seu ensinamento para a multidão, sempre queria que eles “fossem e fizessem o mesmo”. A pregação na semelhança de Cristo é relacionada com o cotidiano e produz mudanças no estilo de vida.
Jesus ensinava sobre mudança de vida
Temos vivido dias em que as pessoas estão ouvindo sermões com base em coisas que Deus “pode fazer; quer fazer; vai fazer”. Ouvimos pouco sobre a verdade da cruz, sobre mudança de vida, sobre transformação do “eu”. Sermões que ensinam as pessoas como viver, nunca ficam sem platéia.
Quando Jesus pregou o seu primeiro sermão em Nazaré, leu um texto em Isaías para anunciar qual seria a sua agenda de pregação: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar aos pobres. Enviou-me para pregar liberdade aos cativos, dar vista aos cegos, pôr em liberdade os oprimidos e anunciar o ano aceitável do Senhor”, Lc 4: 18-19.
A multidão gostava de ouvir Jesus. Em Marcos 12: 37 diz:“... a multidão o ouvia com prazer”. Isto porque Jesus tornava interessante aquilo que pregava. E a forma mais prática de tornar interessante aquilo que pregamos é quando deixamos de ser ministrantes (aquele que fala) e passamos a ser atuantes (aquele que age).
Concluindo, é imperativo que nos lembremos de Tiago 1: 22, que diz: “não devemos ser apenas conhecedores das palavra, mas também praticantes da mesma”.
Pense nisto!

Pr. Gladstone Sousa dos Reis - IPR

Um comentário:

Anônimo disse...
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