sábado, 3 de abril de 2010

O SERVO NÃO É MAIOR.




"O discípulo não está acima do mestre: todo aquele, porém, que for bem instruído será como seu mestre" (Lucas 6.40).

Jesus enunciou assim o princípio da limitação do aluno ao seu professor. O máximo que um discípulo conseguirá, depois de aprender tudo, é ser igual ao seu mestre.

Devemos lembrar que a árvore só pode dar o que tem, ou seja, o mestre só pode transmitir aquilo que ele é. A árvore boa dá bons frutos: a árvore má dá frutos maus. O ensino do mestre vai revelar o seu coração. Um homem não pode tirar o bem do coração mau (Lucas 6.43-45). Vamos lembrar então que Jesus nos adverte: "O discípulo não está acima do mestre. " O Mestre é o limite do desenvolvimento do discípulo.


"Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado maior cio que aquele que o enviou. Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes" (João 13.15-17).

O princípio da imitação foi enunciado em um momento crucial da vida dos discípulos. Eles estavam recusando a tarefa de lavar os pés uns dos outros antes da refeição. Ninguém queria "rebaixar-se" para servir os outros. Jesus levanta-se então da mesa, tirou a roupa de cima e passou a lavar os pés dos discípulos.

Depois perguntou: "Compreendeis o que vos fiz?" A lição era óbvia, Jesus enunciou-a com mais clareza ainda quando explicou: "Se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros" (João 13.14). Os discípulos precisam imitar o Mestre.

O objetivo do discípulo é ser como seu mestre (Mateus 10.24-25; Lucas 6.40). Devemos estar dispostos para realizar qualquer tarefa que o Mestre faria.

Vamos imitar nosso Mestre, pois o discípulo não está acima do mestre.


"Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor: Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa" (João 15.20).

O discípulo participa da vida e obra do mestre. Na verdade, o discípulo é o continuador da obra do mestre, de modo que ele também recebe a mesma resposta que o mestre recebeu: ódio e perseguição dos que odiaram e perseguiram o mestre; e fraternidade e aceitação daqueles que também vão tornar-se discípulos do mestre através deles.

O discípulo de Cristo participa daquelas mesmas coisas que Cristo participou. Coisas boas e coisas desagradáveis. É um engano pensar que seremos melhores ou mais bem-sucedidos que nosso Mestre. Jesus é o exemplo e o limite. Dele não podemos passar. A conseqüência de ser discípulo é ser tratado como trataram nosso Mestre.

"O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo, acima do seu senhor: Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor: Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos" (Mateus 10.24-25). O discípulo recebe as conseqüências da vida do mestre. Logo depois disto, o texto diz, três vezes: "Portanto, não os temais" (Mateus 10.26,28,31). Não devemos temer, mas ficar alegres por ser "co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos alegreis exultando" (1 Pedro 4.13).

A maior glória do discípulo é ser identificado com o seu mestre.

Vamos ser tratados como trataram nosso mestre; este é o nosso papel, pois o discípulo não está acima do mestre

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