No dia 24 de janeiro comecei a
prestar uma consultoria ao João Paulo, ele é proprietário de uma empresa de
flexografia e gráfica aqui na cidade, a empresa fica no contorno sul, bem próximo
a Antenas Aquários, e em um de meus trajetos para ir e voltar do trabalho tenho
passado por dentro de um dos bairros nas imediações, com poucos recursos a vida
segue lentamente nesse lugar, diferente por exemplo do Jardim Alvorada que mais
parece uma pequena cidade. Não obstante tudo isso, vejo pessoas felizes, cada
qual cuidando da porção que lhes cabe, é um bairro popular de pessoas simples
sem luxo ou requinte.
Filhos na escola, energia elétrica,
água encanada e tratada, gás, um quintal para cuidar, a calçada para lavar, o
emprego, muitos com motos, carros outros de ônibus, essa vida de amor e uma
cabana não difere na essência da vida vivida nos grandes bairros da zona dois,
cinco ou do Jardim Imperial, Paris, Itália e tantos outros, as preocupações são
as mesmas que povoam as mentes de homens e mulheres não importando a classe
social, cultural ou o nível financeiro em que se encontrem, com certeza o que
muda é a intensidade e a proporção dos fatos envolvidos em cada mundo
representado pelas posses o que significa dizer que o TER sobre põe
infelizmente o SER.
Somos todos iguais, essa pode até
ser a bandeira de socialistas, mas é também o centro nervoso da pregação do
evangelho e por conseqüência uma das principais tarefas da igreja em combater a
discriminação e a acepção de pessoas.
Esse também poderia ser o título
de um belo romance, se não o é, porém o cotidiano tem revelado que não é bem
assim que tudo funciona, afinal unir sonhos, projetos e histórias de vida de
duas pessoas ímpares não tem sido lá uma tarefa muito fácil a instituição
chamada casamento e a culpa jamais deve ser atribuída com exclusividade a um ou
a outrem, ela reside no ego de ambos e os mesmos que decidiram pela convivência
também são responsáveis pelo fim. Que convenhamos é a melhor solução quando só
o que resta é o confronto.
Por outro lado o magnetismo
exercido por um dos lados e o desejo de se conduzir a relação por caminhos
inexplorados, com certeza trará uma nova vida, novas possibilidades, com
certeza isso exigirá abnegação e renuncia, muitas vezes muito mais por um do
que pelo outro, no entanto se o bem será comum e havendo um desejo maior ainda
que o orgulho, valerá a pena tal investimento, nunca esperando troca e nem
mesmo que o outro comece. O segredo é começarem juntos sem que isso implique na
cobrança.
Sola Gratia.
Reinaldo
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