terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

AMOR E UMA CABANA.


No dia 24 de janeiro comecei a prestar uma consultoria ao João Paulo, ele é proprietário de uma empresa de flexografia e gráfica aqui na cidade, a empresa fica no contorno sul, bem próximo a Antenas Aquários, e em um de meus trajetos para ir e voltar do trabalho tenho passado por dentro de um dos bairros nas imediações, com poucos recursos a vida segue lentamente nesse lugar, diferente por exemplo do Jardim Alvorada que mais parece uma pequena cidade. Não obstante tudo isso, vejo pessoas felizes, cada qual cuidando da porção que lhes cabe, é um bairro popular de pessoas simples sem luxo ou requinte.

Filhos na escola, energia elétrica, água encanada e tratada, gás, um quintal para cuidar, a calçada para lavar, o emprego, muitos com motos, carros outros de ônibus, essa vida de amor e uma cabana não difere na essência da vida vivida nos grandes bairros da zona dois, cinco ou do Jardim Imperial, Paris, Itália e tantos outros, as preocupações são as mesmas que povoam as mentes de homens e mulheres não importando a classe social, cultural ou o nível financeiro em que se encontrem, com certeza o que muda é a intensidade e a proporção dos fatos envolvidos em cada mundo representado pelas posses o que significa dizer que o TER sobre põe infelizmente o SER.

Somos todos iguais, essa pode até ser a bandeira de socialistas, mas é também o centro nervoso da pregação do evangelho e por conseqüência uma das principais tarefas da igreja em combater a discriminação e a acepção de pessoas.

Esse também poderia ser o título de um belo romance, se não o é, porém o cotidiano tem revelado que não é bem assim que tudo funciona, afinal unir sonhos, projetos e histórias de vida de duas pessoas ímpares não tem sido lá uma tarefa muito fácil a instituição chamada casamento e a culpa jamais deve ser atribuída com exclusividade a um ou a outrem, ela reside no ego de ambos e os mesmos que decidiram pela convivência também são responsáveis pelo fim. Que convenhamos é a melhor solução quando só o que resta é o confronto.

Por outro lado o magnetismo exercido por um dos lados e o desejo de se conduzir a relação por caminhos inexplorados, com certeza trará uma nova vida, novas possibilidades, com certeza isso exigirá abnegação e renuncia, muitas vezes muito mais por um do que pelo outro, no entanto se o bem será comum e havendo um desejo maior ainda que o orgulho, valerá a pena tal investimento, nunca esperando troca e nem mesmo que o outro comece. O segredo é começarem juntos sem que isso implique na cobrança.

Sola Gratia.


Reinaldo

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