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O propósito de Deus ao constituir um povo a partir da descendência de Abraão era comunicar a si mesmo para a humanidade e abençoar todas as famílias da terra (Gênesis 12.1-3; Êxodo 19.1-5). Nesse sentido, a nação israelita foi chamada “povo sacerdotal”: fazer a ponte, de onde vem a expressão “pontífice”, entre Deus e os homens.
Assim como Israel era uma nação sacerdotal, deveria experimentar em si mesma os benefícios e responsabilidades do sacerdócio. Na prática de alguém que mediasse seu encontro com Deus, aprenderia a aproximar o mundo com o mesmo Deus. Por esta razão Deus estabeleceu o sacerdócio em Israel: homens da tribo de Levi (Êxodo 28.1-5; 29.1-37; Levíticos 8.1-36).
A estrutura religiosa da nação israelita se fundamentou em quatro alicerces: (1) sacerdotes, que ofereciam (2) sacrifícios no (3) Templo, especialmente no (4) sábado. Os quatro elementos, entretanto, eram “sombra da realidade” e “a realidade é Jesus Cristo” (Colossenses 2.17).
Jesus Cristo foi, ao mesmo tempo, sacerdote e sacrifício que, oferecido a Deus de uma vez por todas, tornou desnecessária toda a estrutura anterior, que a Bíblia chama de “pacto envelhecido”, substituído pelo novo: “Deus acabou com todos os sacrifícios e pôs no lugar deles o sacrifício de Cristo” (Hebreus 8.13; 10.5-8).
Por esta razão os cristãos cremos que “existe um só Deus e uma só pessoa que une Deus com as pessoas, Cristo Jesus, o ser humano que se deu a si mesmo para salvar a todos” (1Timóteo 2.5,6 - BLH). Assim, podemos buscar a Deus toda hora, em todo lugar, através de tudo o que fazemos, isto é, em Cristo, somos sacerdotes de nós mesmos.
escrito em 2005 por Ed René Kivitz
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