domingo, 11 de abril de 2010

A VIDA NOS ENSINA.

Realmente não sou muito bom com datas, na verdade acredito que minha memória fotográfica só veio com a memória onbord e nada de cartão de memória auxiliar, dessa forma acabo tendo que deletar para conseguir um novo espaço. Se é que me recordo em 1985 viajei com um amigo irmão ou irmão amigo até um sitio que sua família tinha (não sei se ainda possuem) em uma cidade distante a pelo menos 125 Km de Maringá, bem em 1985 eu tinha meus 19 anos, e que saudades deles, e pra mostrar que sou bem humano, vou deixar aqui uma das frases mais pronunciadas: "SE EU PUDESSE VOLTAR NO TEMPO." pois é, quem não gostaria ou melhor quem não teria algo para mudar ao longo de sua trajetória, muitas vezes apenas uma decisão, bem mas isso é outra história.
Naquela oportunidade pude conhecer novas pessoas e uma maneira diferente de passar os dias e as noites, passeio de trator então foi o melhor, nossa como aquilo sacolejava, não muito longe do sitio havia um rio onde fizemos muita bagunça e nos divertimos pra valer, as noites foram inesquecíveis só podíamos contar com o fogo natural para iluminação, e quando as lamparinas e os lampiões estavam apagados o que se podia ver era aquela imensidão espetacular de um céu pontilhado de norte a sul e de leste a oeste, lindo, lindo simplesmente maravilhoso, passei horas vislumbrando aquela maravilhosa paisagem e sem dúvida fazendo meu pedidos para várias estrelas cadentes que via, bom podiam ser meteoros ou meteoritos sei lá, não importa tudo era muito mágico.
A família cultivava grãos alternando entre soja, milho e trigo algumas vezes, era lindo de se ver aquele "tapete" verde, mas lá no horizonte algo me chamou a atenção, havia uma parte da terra cultivada que estava intocada, acredito que pelo menos uns 140 metros quadrados e no centro havia uma mangueira, linda, gigante, frondosa, realmente uma árvore muito linda, sua vida havia sido preservada na época da preparação do solo, porque quando chegaram lá, estava toda florida, sua imponência deixou a família incapacitada de derrubá-la então foi anunciado que ela ficaria até que desse o seu fruto, mas o que? ela deu aqueles frutos e muitos outros, chegou a perder duas cargas por um problema de saúde em seu caule, mas continuou lá, seu fruto delicioso, sua sombra refrescante, e pouso paras as aves no anoitecer a mantiveram intacta, e acredito que se eu voltar lá hoje, lá estará ela, cumprindo o seu papel.

Porque estou contando isso?

É pelo fruto que se conhece a árvore, não adianta catalogar e identificar é o fruto que mostra quem ela é realmente, a raiz que busca a seiva e nutre caule e folhas é que mantém o sabor do fruto em qualquer estação é a raiz que trata os ferimentos do caule e até os momentos de sequidão externa e aparente doença, para depois revigorada dar o seu fruto na estação própria.

Disse Jesus: "...Pelos frutos, os conhecereis..."

Sola Gratia

Reinaldo

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