terça-feira, 7 de setembro de 2010

O QUE É IMPORTANTE.

"A mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores no mesmo jardim...."



A quem goste sempre do mesmo cabeleireiro, do mesmo dentista, do mesmo mercado, de andar pelas mesmas ruas, de conversar sempre com as mesmas pessoas, é a monotonia pode até representar uma certa segurança, mas é pouco diante da grandiosidade da vida. Pelas diversas fazes de nossa vidas tivemos muitas coisas que eram realmente importantes e que mais tarde nos demos conta de quanto estávamos equivocados, muitas delas não foi um erro consciente, era o que conhecíamos como certo naquele momento é claro que isso não diminui os erros e os acertos, a quem diga o contrario e queira jogar toda uma história no lixo, mas não é assim que vejo. Só poderemos tomar uma posição correta quando de fato conhecermos os lados da mesma história, nada é amargo de mais antes de ser provado do mesmo modo só se diz feliz aquele que experimentou a infelicidade.



Hoje é sete de setembro de dois mil e dez, são exatamente quinze horas e cinqüenta minutos e estou aqui sentado frente a meu computador com minhas caraminholas fervendo, num verdadeiro turbilhão de imagens que poluem minha mente, lembranças da infância, da família, dos avós, dos tios e primos, dos amigos de infância, das brincadeiras, da primeira vez que achei que estava apaixonado, das vezes que espionei as amigas da minha irmã tomando banho, até ela mesma e nossas primas, das aulas no colégio, dos colegas de classe, daquela professorinha japonesa que lecionava estudos sociais e daquele professor gigante de português, todos diziam que eu era "cdf" sei lá, sempre dei o meu melhor, fazíamos bolas de meias e passávamos tardes intermináveis jogando, a triste realidade era voltar para casa, meus pais não viviam bem e sempre acabava acontecendo uma briga que gerava um mau estar em todos, hoje percebo que minha mãe o provocava e que logo ele aprendeu que se gritasse ou quebrasse alguma coisa ela ficava quieta com vergonha dos vizinhos, e assim foram anos, meu maior medo era casar e assumir a responsabilidade de uma família, quando terminei o primeiro grau, descobri o quão pode ser efêmera a vida, os amigos se foram, cada um para um lado afinal as vidas não são entrelaçadas como muitas vezes pensamos.



Será que tudo isso é fruto dessa terça cinza e nublada, daqueles dias que as mães nos põem para arrumar nossos guarda roupas?



A verdade é que bem ou mal, feliz ou infeliz, alegre ou triste essa é a vida que nossas decisões nos possibilitaram ter, não há acaso ou destino, muitas vezes somos tentados a fabricar as respostas que tentam nos eximir da culpa dos nossos erros para ficar somente com os "louros" de nossos acertos, mas não é assim não.



O bom de tudo isso é que a vida nos possibilita mudar, assumirmos novas posturas, corrigir erros, tomar novos caminhos. Dor!!! com certeza a dor de enfrentar nossos erros é muito maior do que de escondê-la, mas isso é momentâneo, então o quanto antes encararmos a verdade, mais rápido será a cura da ferida, mas sem dúvida não ficaremos livres de novos erros, pois que sejam novos para não repetirmos os velhos, pois o que se espera de nós é que crescamos com nossos erros e que a vida seja o grande aprendizado dessa nossa jornada rumo a eternidade.



O que é importante hoje, pode não ser importante amanhã, quem é capaz de julgar?

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