MATEUS 8: 28 - 34 (LIBERTADOR)
Temos aqui a história de Cristo expulsando os demônios de dois "homens" (alguns comentaristas dizem que se tratava de um casal) que estavam endemoninhados. O escopo deste capítulo é mostrar o poder divino de Cristo, pelas instâncias do seu domínio sobre doenças do corpo, o que para nós são irreversíveis; vendavais e tempestades, o que para nós são ainda mais incontrolável e, finalmente, sobre os demônios, que para nós é mais formidável ainda.
Cristo não só tem todo o poder no céu e na terra, e todos os abismos, mas tem as chaves do inferno também. Principados e potestades foram sujeitos a ele, mesmo quando ele estava em seu estado de humilhação, como uma garantia do que deveria ser a sua entrada em sua glória (Ef 1:21).
Cristo expulsou os espíritos com a sua palavra. Agora, além da dimensão geral que isto nos dá do poder de Cristo sobre Satanás, e seu projeto contra ele, para desarmar e despojá-lo, temos aqui especialmente o descobrir a forma e maneira pelo qual espíritos malignos na sua inimizade para com o homem agem. Observe, a respeito desta legião de demônios, o que eles fizeram, onde eles estavam, e para onde foram:
1. Aqueles homens aparecem na miserável condição de possuídos por demônios.
2. Eles habitavam nos sepulcros. O diabo tem o poder da morte, não como juiz, mas como carrasco, tinha prazer de conversar entre os troféus de sua vitória, os cadáveres dos homens.
3. Eles eram ferozes, não só ingovernáveis, mas para os outros travesso, assustando muitos, machucado outros, de modo que ninguém ousava passar por ali.
4. Dirigiram-se a Jesus Cristo como Filho de Deus, uma revelação que não veio de carne ou sangue quando declarado por Pedro, cap. 16:17. Mesmo os demônios sabem, acreditam, e confessam que Cristo é o Filho de Deus, e ainda assim eles são demônios, o que torna a sua inimizade para com Cristo tanto mais perversa.
5. Duas declarações que revelam a possessão:
(A) Uma palavra de desafio, "que temos nós a ver contigo?" Os demônios não têm nada a ver com Cristo como Salvador, por que Ele não tomou sobre si a natureza dos anjos que caíram, nem se apegou a eles (Hb 2:16), eles não tem relação com Ele, eles não tem, nem esperança para, qualquer benefício de Jesus. Que profundidade deste mistério de amor divino, que o homem caído tem tanto a ver com Cristo, quando os anjos caídos não têm nada a ver com Ele! Os demônios não desejam ter qualquer coisa a ver com Cristo como Governante, eles o odeiam, eles estão cheios de inimizade contra Ele, que estão em oposição a Ele, e estão em rebelião aberta contra o seu reinado e dignidade.
(B) Uma palavra de medo e desaprovação, "Vieste aqui atormentar-nos para lançar-nos fora destes homens, e para nos impedir de causar a dor que faríamos?" Deixar de fazer o mal, é um tormento para o diabo, seu conforto e satisfação é ver a miséria do homem e a sua destruição. "Agora temos de ser atormentados por ti antes do tempo"; Note, há um momento em que os demônios serão mais atormentado, e eles sabem disso. Os demônios têm uma certa expectação horrível de juízo e que a indignação de fogo, os demônios crêem e tremem.
6. Eles pediram autorização para entrar nos porcos (v. 31); rogaram-lhe, com toda a seriedade, Se nos expulsas, permite-nos que entremos naquela manada de porcos. "Vamos para a manada de porcos, qualquer lugar, menos para o lugar de tormento, em qualquer lugar para fazer mal." Se não poder causar sofrimento aos homens em seus corpos, então prejudicá-los em seus bens, e em que também pretendiam ferir a suas almas, e fazer de Cristo um fardo. Eles tiveram licença. Cristo disse-lhes: Ide (v. 32), como Deus a Satanás, quando ele desejou afligir Jó. Deus muitas vezes, para fins sábios e santos, usa os esforços e a fúria de Satanás para servir a Seus próprios fins. Os demônios não são apenas cativos de Cristo, mas seus servos, Seu domínio sobre eles aparece no mal que fazem, bem como no impedimento de fazer. A posse que o diabo tem é de destruição. O efeito disso foi que os proprietários da manada pareciam estar mais preocupados pela perda dos porcos do que qualquer outra coisa, a curiosidade levou-os para ver Jesus. Toda a cidade saiu ao encontro dEle, mas a cobiça deles levaram-nos a se livrar de Jesus. Em vez de convidá-lo em sua cidade, ou trazer os seus doentes para que ele fosse curado, eles pediram-lhe que se retirasse dos seus termos, como se usassem as mesmas palavras dos demônios, "Que temos nós contigo, Jesus, Filho de Deus?" Assim, o diabo semeia joio no campo de Deus, faz travessuras na igreja cristã, e depois coloca a culpa sobre o cristianismo.
Em sua apresentação Jesus se revela muito mais que um libertador político, como queriam o povo, Ele não era um general de guerra, porém era Aquele que atendia as profecias que anunciavam o Messias e muito provavelmente por isso foi mandado embora de Gadara, parece-me que muitas vezes quando não O temos realizando o que queremos, também O despedimos de nossas vidas.
Reinaldo.
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